Atenta às exigências e tendências do agronegócio, a Agrária atua no constante aperfeiçoamento de suas metodologias de gestão, seja nas indústrias ou nas áreas de plantio. Dessa forma, a sustentabilidade aparece como carro-chefe das ações da Cooperativa, especialmente no que diz respeito à produção de grãos.
Em 2022, a equipe do PAGR (Programa Agrária de Gestão Rural) iniciou um trabalho nas áreas de cultivo da Cooperativa para certificação RTRS. Fundada em 2006, em Zurique, na Suíça, a Associação Internacional de Soja Responsável (tradução para o português) é uma entidade sem fins lucrativos que estabelece critérios para toda cadeia produtiva, com o objetivo de garantir que a produção de soja e milho no mundo seja realizada de maneira sustentável.
Um grupo de produtores ativos da Cooperativa já possuía certificação das suas áreas, com a ação desenvolvida pelos assessores do PAGR, desde abril deste ano outras 12 propriedades também passaram a ser certificadas, totalizando mais de 10 mil hectares, onde os requisitos da RTRS são aplicados integralmente. “Muitas das exigências da certificação são contempladas pelo Código de Agricultura Sustentável usado pelo PAGR para definir o nível das propriedades dos cooperados da Agrária”, explica Camila Malamin, especialista da Gestão da Qualidade.
Entre os pontos avaliados pela RTRS estão o atendimento à legislação vigente, as boas relações de trabalho entre patrões e empregados, o relacionamento com a comunidade e a adoção de boas práticas ambientes e agrícolas. A ideia é que a partir do cumprimento dessas normas, que seguem um padrão internacional, as propriedades consigam usufruir de benefícios como incremento da produtividade, redução de despesas, acesso a mercados internacionais e aumento da rentabilidade.
A certificação RTRS é válida por cinco anos e, anualmente, são realizadas auditorias de validação do certificado. De acordo com a auditora Flaviana Bim, responsável pela inspeção das propriedades dos cooperados da Agrária, a organização da documentação de cada área e as ações prol sustentabilidade adotadas nas fazendas chamaram atenção. “Nos surpreendemos positivamente com algumas práticas implementadas pela gerência do grupo junto às fazendas, no sentido de padronização de operações, principalmente quanto à minimização de deriva e conservação de fauna e flora”, pontuou.
A cooperada Sarah Reichhardt administra junto com sua família uma das propriedades inseridas pela Agrária no escopo da certificação. Ela revelou que o grupo familiar incorpora ao seu dia a dia todas as recomendações do PAGR por entender que esses requisitos trazem benefícios competitivos e financeiros à atividade agrícola. “São requisitos a nível global, que colocam a régua um nível acima. Acreditamos que essas exigências a médio e longo prazo terá como consequência maior crescimento para nosso grupo familiar”, analisou.